Fui convidado pelo IFBA-Feira de Santana para uma discussão sobre a ciência através da literatura, junto com o professor de filosofia da UFRB, Marcelo Santana. Já é a segunda mesa de que participamos juntos no mesmo IFBA-FS. A primeira foi durante a pandemia, para falarmos sobre a morte na literatura e na filosofia.
Dei exemplos de como a literatura hoje tem dialogado com as ciências ambientais e naturais. A climatologia foi a primeira área a atualizar o discuso dos negacionistas, para muitos originário da negação do Holocausto judeu. Depois esse discurso se ampliou para vacinas e outros tópicos. O guarda-chuvas da minha fala foi a LITERATURA ESPECULATIVA, termo hoje ainda problemático, mas que didaticamente abrange a ficção científica, literatura fantástica e de horror, o afrofuturismo, a literatura de fantasia e a literatura animal. Detive-me um pouco mais na animal como uma crítica ao excesso de antropocentrismo de certa ciência em detrimento de uma necessária politização das ciências da vida.
