“A escrever é que se aprende o que somos”. Talvez nunca ninguém tenha sido mais certeiro a respeito do que significa escrever do que Herberto Helder. A imensa limitação da escrita como ato banal de comunicação invalida pr completo o homem como força e o prende a um espaço de mediania e mediocridade. Do outro lado do funcionalismo pedagógico da alfabetização, o realismo da leitura. Rebatimento pela lógica da redundância. Escrever o que já existe e ler o que já é são uma total e completa falta de senso de presente e invenção de futuro. Denúncia: literatura-globo repórter. Aprender o que somos tem a ver com se inventar, não com se revelar. Pois não há nada o que.