Tem vários fins a
vida e quando recomeça
já não lhe dá o corpo a mesma
pressa
Tão depressa se esconde
numa curva sem luz como atravessa
a estrada
procurando a outra berma
Tem sucessivos fins e todos
verdadeiros É sempre
o mesmo o corpo o mesmo o
nevoeiro
[Gastão Cruz, A moeda do tempo e outros poemas. RJ, Língua Geral, 2009, p.73]