Sempre digo que, como não sou jornalista, não me sinto nem com a obrigação de ler o que acabou de ser lançado, nem de ser fiel a autores vivos. Meus contemporâneos passam muitas vezes mais por Vieira, Blake e Nietzsche. Comprovei essa “tese” quando vi meus três livrinhos de poemas como objetos de um projeto de mestrado. Pensei: onde estamos que não reconhecemos mais nossos verdadeiros contemporâneos!?!
Este foi um ano de algumas releituras, como Raduan Nassar, Fernando Pessoa, Georges Bataille, Luiza Neto Jorge, e de leituras mais verticais para artigos e projetos. Dos inéditos que me surpreenderam, vai uma lista abaixo. Dos filmes, mais submissos às leis do mercado, foram todos lançados em 2014 ou 2015.
MELHORES LIVROS LIDOS
“Ó serdespanto” – Vicente Franz Cecim
“Silencioso como o paraíso” – Vicente Franz Cecim
“Ó” – Nuno Ramos
“Poemas” – Pier Paolo Pasolini
“Minha vida” – Lyn Hejinian
“A morte sem mestre” – Herberto Helder
“Atlas da imaginação e do corpo” – Gonçalo M. Tavares
“Nudez” – Giorgio Agamben
“O aberto” – Giorgio Agamben
“O reino e a glória” – Giorgio Agamben
“Metafísicas canibais” – Eduardo Viveiros de Castro
MELHORES FILMES VISTOS
“Adeus à linguagem” – Jean-Luc Godard
“Birdman” – Alejandro González Iñarritu
“Depois da chuva” – Claudio Marques e Marília Hughes
“Whiplash” – Damien Chazelle
“Casa Grande” – Felipe Barbosa
“Interestelar” – Christopher Nolan
“Boyhood” – Richard Linklater
“Ela” – Spike Jonze
“A vida privada dos hipopótamos” – Maíra Bühler e Matias Mariani
“Um amor a cada esquina” – Peter Bogdanovic