A escrita é um improviso da mão.
Quando cedemos ao que se passa
e aceitamos o que poderia.
O sonho é um improviso dos olhos.
Quando uma estrela explode no céu
e a achamos no chão a nossos pés.
O cicio é um improviso da fala.
Quando o som desfaz a ordem
e só existe o que existe o que existe.
O toque é um improviso do corpo.
Quando tudo para e só a pele
decide a presença do mundo.
A poesia é um improviso da prosa.
Quando cavalgamos entre o som e
o sentido em volta do pensamento.
A vida é um improviso da morte.
Quando esquecemos quem somos,
mas seguimos sem medo do tempo.
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