Quando se lembra do que o percorria há 20 anos, quando seu corpo era 200 % movido a livros, poesia e sonhos, mais ele concorda que para sofrer a ignição e começar a se movimentar é preciso se sentir no máximo nas décadas anteriores à segunda Grande Guerra. No máximo. Ok, houve os vagabundos sagrados da décadas de 50 e 60 e os melancólicos punks dos 70 e 80, mas todos lhe cheiravam a decadentismo. E Musset, cujos poemas nunca o fascinaram, foi, dentre todos, seu modelo wertheriano, inspirador de intempestivos devaneios com Georges Sands candangas. Abaixo, uma relíquia de valor absolutamente idiossincrático e démodé, mas que lhe ensinara por ínvios caminhos como ética e afeto são pares possíveis de andar de mãos dadas, coisa estranha a esses tempos.
