E aí, Eli, como tá a vida em PoA? A saúde tá boa?
Seus amigos te apoiam? Seu filho tá que voa?
Ás vezes parece que sim, às vezes, que não,
por isso pergunto assim:
e aí, Eli, como tá a vida em PoA?
Montando táticas, planos
para o passar dos anos, mágicas
à beira do Guaíba,
rio abaixo ou arriba? Daí que te pergunto,
e aí, Eli, como tá a vida em PoA?
A saúde, física e espiritual, tá à toa
ou cuidada, atenta e atada?
Os Bons Ares não têm maresia,
mas seu dia a dia tá sem azia?
E aí, Eli, tá se sentindo melhor
do que se sentia em Salvador?
Apesar das paúras, gasturas, dos medos e tonturas?
É o dia-a-dia quem diz se esquecemos isso de ser feliz
e caímos de corpo na alegria de nos sentirmos vivos, na luta,
longe de todos os filhos da puta.
Daí que repito a pergunta, e aí, Eli?
Resposta:
A vida está doida
como uma corda que se rói e reconstrói
A vida está doída
como um grito que se alegra e desespera
A vida esta feita
como um bolo ou ou um crime
A vida está besta
como alguém apaixonado
ou alguém que perdeu os dentes
A vida está solta
como a corda de um enforcado desistente
ou uma criança que decidiu por outro brinquedo
A vida está quente
como um doente que fugiu da febre
ou a panela que queima os dedos da cozinheira exausta
A vida está curta
e nem sei por onde começar!