regras de vida (in progress)

  1. Recusar a toxidade masculina: esteja em mim, na relação com amigos, com outras pessoas, em ambientes institucionais e na “política como continuação da guerra por outros meios” (Foucault). Masculinidade é fetiche pelo poder – seja em homens, mulheres ou outros.
  2. Entender que o poder é insidioso, usa vários nomes e quer nos fazer governar por ele e em seu nome.
  3. Considerar toda interpelação como “Coisa de policial, juiz, padre ou psicanalista”, afinal quem interpela é a lei – o poder.
  4. Responder à compreensão distorcida na frase “Então você quer dizer que…?” com “eu quis dizer o que eu disse com as palavras que você escutou; o que você entendeu fala exclusivamente sobre você mesmo; comprometa-se a si mesmo, não a mim”.
  5. Não mais dar opiniões alienígenas ao ambiente em que estou, com vistas a não gerar mais mal-estar do que já se gera cotidianamente.
  6. Silenciar quando alguma opinião alienígena ao ambiente em que estou for dada; se a opinião se instalar, retirar-me silenciosamente, para dentro ou para fora do ambiente.
  7. Evitar opiniões e pontos de vista aceleracionistas.
  8. Esforçar-me em ser o mais preciso possível com o que desejo dizer, fazendo do dizer uma ética.
  9. Pensar cada vez mais por síntese do que por análise.
  10. Recusar toda ideia ou imagem de futuro como “melhor” ou “pior”, pois são meros avatares da “salvação” ou da “condenação” teológicas.
  11. Sempre lembrar => Sentido da vida: viver. Sentido do viver: errar. Sentido da errância: circular. Sentido da circulação: limiar. Sentido do limiar: ritualizar. Sentido de ritual: morrerenascer.